segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Capítulo 1

Único


N/A: Dedicada a minha pequena sister Gwen…
Feliz Aniversário Onee-chan, desejo-te muita alegria, Carinho, amor e sobretudo muitos presentes nesse dia especial… Te amo <3


Um dia Especial e Único
Por: Uchiha Bokinkos




Após o Apocalipse. A grande batalha entre o céu, o inferno e a humanidade, os irmãos Winchester resolveram ficar em casa de Bobby por uma semana. Dean sugeriu que desanuviassem, os últimos meses tinham sido difíceis, o trabalho exercido por ambos fora extremamente árduo.

Durante o jantar de quinta-feira, justamente quando os ponteiros do velho relógio de madeira marcavam vinte horas e quinze minutos, o Anjo Castiel fez-se presente na pequena sala.

- Faz pouco tempo que terminou uma guerra… – começou por dizer, Dean. – E já vens anunciar outra?

Castiel limitou-se a olhar para o jovem, sem expressão alguma no rosto. Tirou um embrulho do sobretudo bege e depositou-o sobre a mesa.

- O que é isso? – Inquiriu Dean – A sobremesa?
- Hoje estás muito espirituoso. – Retorquiu Castiel, apático.
- Temos problemas? – Interveio Sam.
- Por enquanto não. – Disse Castiel – Não quero interromper o vosso descanso.
- Então, qual o motivo da visita? – Dean arqueou o sobrolho.

Castiel desembrulhou o pequeno pacote, deixando à mostra uma pequena caixa preta com letras douradas.

- Esses são os vossos novos brinquedos. – Apontou para a caixa.

Dean abriu a caixa, dentro desta haviam dois revólveres prateados.

- Para que precisamos disso? – Riu-se. – Acho melhor oferecer as primeiras crianças que passarem por aqui.
- Deixa-me ver Dean. – Sam recebeu-a das mãos do irmão.
- Parecem inofensivas, mas acreditem, elas são melhores do que uma Colt. – Castiel puxou uma cadeira e sentou-se.

A revelação deixou os três boquiabertos.

- Melhores do que uma Colt? – Inquiriu Bobby atónito.


Sam tirou um dos revólveres da caixa e observou-o prudentemente.


- Incrível. O que fazem exactamente? – Inquiriu.
- Elas foram forjadas com um material divino. – Esclareceu Castiel. – Expurgam qualquer um que seja possuído, sem causar dano na pessoa.
- Ah! Significa dizer que apenas o demónio morre. – Concluiu Sam.
- Exactamente. – Confirmou Castiel. – Mas não é a única função.
- Não? – Inquiriu Bobby.
- Não. – Respondeu Castiel. – Também aspiram a verdade.
- Como assim? – Indagou Sam.
- Vocês têm sempre problemas em descobrir quem está possuído. – Declarou Castiel. – Essas armas irão vos ajudar nesse sentido. Sempre que tiverem suspeitas de alguém, não hesitem, disparem sobre a pessoa e o demónio irá se revelar.
- Mas e a pessoa? Não podemos simplesmente disparar sem ter a certeza. – Dean bufou.
- Eu disse no princípio, que a pessoa será expurgada apenas.
- Incrível! – Exclamou Bobby.
- Bom, é tudo. – Declarou Castiel, e levantou-se.


Era uma novidade para os caçadores de demónios, desde sempre tiveram a Colt como a arma mística mais poderosa.


Sam girou o revólver entre os dedos.


- Deixa-me ver Sam. – Dean tentou receber o revólver das mãos do irmão.
- Espera…


Sem querer, Sam apertou o gatilho do revólver. Dois raios verdes foram projectados em direcção a Castiel, este agachou-se numa tentativa de desviar. Os raios embateram nos vidros de um armário e ricochetearam atingindo os irmãos. Os dois foram arremessados contra a parede.


Bobby arregalou os olhos.

- Deus do céu! Vocês estão bem? – Inquiriu preocupado.
- Acho que sim. – Respondeu Dean, atordoado.


Bobby ajudou Sam a levantar-se, e este estatelou-se no sofá.


- Acho melhor vocês não saírem de casa. – Castiel passou a mão pelo cabelo. – Pelo menos até completarem vinte e quatro horas.
- Como assim? – Inquiriu Dean, ainda aturdido.
- Sigam apenas o meu conselho. – Declarou Castiel e desapareceu.

=^.^= ^.^=



Na manhã de sexta-feira, Dean levantou-se cedo para ir à casa de Natália, uma das suas melhores amigas. Natália fazia anos justamente nesse dia. Dean comprometeu-se em ajudá-la com os preparativos do jantar que iria realizar, para comemorar a data especial.

Levantou-se e olhou para o pequeno calendário, que estava afixado numa das laterais do pequeno e desarrumado quarto.

“ 7 De Maio… ” – Pensou com um sorriso.


Durante o café da manhã, Sam dava voltas à cabeça, estava preocupado com o que lhes dissera Castiel. Por enquanto, parecia que as coisas corriam como de costume, não havia acontecido nada incomum. Mas por alguma razão os aconselhara a não sair de casa.


- Dean, notas alguma coisa diferente? – Indagou.
- Hum… não. Acho que Castiel quis nos amedrontar.
- Porque razão faria isso?
- Acho que ele tem inveja das nossas férias – Retorquiu Dean, divertido.


Sam sorriu.

- É bem possível. As olheiras dele denunciam-no. Ele dorme?
- Acho… que não. – Disse Dean às gargalhadas. A dado momento, ficou apreensivo com o que Sam dissera. O irmão normalmente não era irónico, tampouco fazia piadas. – Sam, tu… – tentou saber o motivo da mudança de humor, mas acabou por desistir. – Bom, vou à casa da Natália.
- Eu também vou sair. Bobby saiu cedo e deu-me uma lista de coisas para fazer.
- Ok, encontramo-nos mais tarde. Vais ao jantar da Nat?
- Se me despachar cedo, quem sabe apareço por lá.

=^.^=^.^=




- Finalmente chegaste! – Exclamou uma morena de cabelos pretos pelos ombros, parecia aborrecida. – Quero que compres algumas coisinhas, para a ementa de hoje.
- Bom dia para ti também. – Disse Dean, com um sorriso de orelha à orelha – Feliz aniversário!
- Ah! Não penses que vais escapar de uma repreensão – Natália acusou Dean de ser irresponsável, de não se lembrar dos compromissos que marcava…


Dean deixou-a falar, achou ser a melhor solução. Depois de dez longos minutos de sermão, sacou o presente que escondia, e estendeu-o.


- E isso não é a primeira vez que acontece, lembro-me que uma vez fos… - Natália deteve-se ao ver a pequena caixa dourada com letras impressas a vermelho: Toblerone – Ah! Dean és tão querido, compraste chocolate para mim. – Abraçou-o e deu-lhe um beijo no rosto. - Anda, vamos ver o que falta na cozinha.
- Mulheres. São tão previsíveis ¬¬ – Murmurou.
- Disseste alguma coisa?
- Não… er, estava a olhar para as minhas botas.

=^.^=^.^=




Bobby havia deixado algumas tarefas para si. Dean safou-se porque tinha que ajudar no aniversário de Natália. “Sortudo, escapou ao trabalho de casa.” – Pensou.
Primeiro tinha que lavar a roupa. Como a máquina de Bobby estava avariada, dirigiu-se a lavandaria mais próxima. Ao menos o local não estava abarrotado.


Dirigiu-se à primeira máquina que encontrou livre, e começou a introduzir primeiro as calças jeans.


Uma jovem loira passou por si, e ocupou a máquina que estava em frente a sua. A mulher era linda, tinha uns olhos lindos cinza, e pelo tom de pele, Sam deduziu que tinha feito praia recentemente. Imaginou-se a passar bronzeador sobre as curvas perfeitas da mulher.


“Controla-te”, ordenou-se.

A loira apercebeu-se das olhadas furtivas de Sam e resolveu corresponder com um olhar sedutor e insinuante. O jovem constrangeu-se e concentrou-se no que fazia. Assim que terminou dirigiu-se a recepção.


Ao caminhar por entre as máquinas chocou com uma senhora de idade. Ao ver a beleza do jovem, a mulher mandou-lhe um beijo.

Sam ficou escandalizado.


- Quem gosta de mulher velha é a cadeira de balanço. – Proferiu.
- O que é que disseste fedelho? – Vociferou a mulher.


Sam ficou abismado com o que dissera, não queria ofender a senhora, nem tampouco tinha intenção de responder, mas as palavras fluíram da sua boca, como se tivessem vida própria.


- Eu disse que tenho idade para ser teu neto. – Retorquiu, e instantaneamente levou as mãos à boca numa tentativa de impedir a si próprio de voltar a falar.
- Que rapaz mais insolente. – A senhora bateu com a bengala que carregava consigo no seu pé. Sam gemeu de dor e saiu da lavandaria a largas passadas.

“O que é que se passa comigo? Onde estava com a cabeça para dizer aquelas coisas?” – Perguntava-se.

=^.^=^.^=




Dean estava num supermercado, na fila de verduras. Natália deu-lhe uma pequena lista para lhe facilitar o trabalho. Já tinha comprado a maior parte das coisas, faltavam apenas as abóboras.


- Desculpe... – Interceptou-lhe uma garota – estou à procura de esmalte e não encontro.
Dean observou a garota. Era magra, tinha cabelos castanhos-claros e aparentava ter, não mais do que quinze anos de idade.
- Como é que vais encontrar esmalte na divisão das verduras? – Indagou.
A garota arregalou os olhos e corou.
- Ah! Eu não tinha reparado… eu estava – Balbuciou.
- Só te faltou ser loira, mas não te preocupes. – Mudou o cesto das compras para a mão esquerda. – O teu cabelo está quase lá, para loiro falta pouco, ele é castanho claro.
- Não me diga! É incrível nunca tinha reparado nisso. – Bufou a garota. – Quem pensas que és? O senhor sabe tudo?


Dean sacudiu a cabeça.


“Não acredito que estou a arranjar confusão com uma garotinha” – Pensou.


- Eu não queria dizer isso. – Desculpou-se. – Já agora, será que podias dizer onde estão as abóboras?


A garota olhou para si, confusa.


- És mesmo idiota, estás a procura das abóboras na divisão das verduras? – Cruzou os braços e balançou a cabeça.
- Ao menos não confundi esmalte com verdura.
- Vai te catar idiota. – Vociferou. – Mais velho aguado! – Mostrou-lhe o dedo do meio, deu de ombros e virou-lhe as costas.

Finalmente encontrou o lugar das abóboras. Avistou uma de tamanho grande. Quando foi pegá-la, uma senhora de porte forte, chegou primeiro e tirou-a. A mulher era alta, e possuía quilos a mais.

- Desculpe, eu vi primeiro. – Disse Dean.
- Não interessa. Vale quem a tirou primeiro. – Disse a mulher com rispidez.
- Ok. Ela combina mesmo com essa tua bunda flácida e enorme. – Dean levou as mãos à boca. Não acreditava que tinha dito tal barbaridade.


A mulher não hesitou desferiu-lhe um soco no olho direito, deixando uma marca arroxeada.


“Porquê que estou a dizer essas coisas? ”

=^.^=^.^=





“Eu sabia, que as coisas não podiam estar normais” – Pensou Sam, enquanto caminhava apressadamente para casa. O seu pé direito latejava de dor por causa da batida que a velha lhe tinha dado. Como se não bastasse quase que lutava com o recepcionista do banco, quando foi depositar um cheque.O moço ferveu e o sangue subiu-lhe a cabeça, atribuindo-lhe um tom avermelhado, quando lhe disse que era mais lento que uma tartaruga, e que devia ser um fraco na cama“Tenho que ligar ao Dean, de certeza que está a acontecer o mesmo com ele”.


Já a porta de casa, procurou as chaves nos bolsos das calças.


- Oi gato. – Ressoou uma voz sensual e penetrante.


Sam procurou a dona da voz. Qual foi o seu espanto? A loira da lavandaria, encostada num Toyota Yaris laranja.


- Oi? – Olhou desconfiado.
- Vi o teu endereço, quando deixaste na recepção da lavandaria. – A mulher caminhou sensualmente em direcção a si.


Sam não estava a perceber a ideia da loira.


- Olha. Estou muito ocupado, agora tenh… – A loira roubou-lhe um beijo. Sam arregalou os olhos, tentou desprender-se, mas a mulher agarrava-se a ele como uma lapa.


Quando finalmente conseguiu, soltar-se tentou recuperar o fôlego.


-O quê isso? Estás maluca? Não podes sair por ai e beijar as pessoas dessa forma!? – Sam encostou-se à porta e lutou para a abrir. – Eu não sei o que queres, nem te conheço. Adeus.
- E o nosso momento mágico? Não foi importante para ti? – A mulher pôs o pé para a porta não se fechar, e entrou.

Sam recuou.

“Que mulher mais assustadora” - Pensou.


A mulher começou a tirar a roupa, peça por peça, numa dança sensual. Em situações normais talvez ficasse excitado, mas o momento não era propício, e sobretudo porque nenhum homem normal iria aceitar ficar com uma mulher que se jogasse facilmente.


A mulher já se tinha livrado da parte de cima e ficou com os seios à mostra.


- Olha… er… - Começou por dizer, Sam.
- Blair. – Disse a loira. – Chamo-me Blair.
- Isso. Blair, estou ocupado, tenho coisas a fazer, vamos deixar isso para outro dia.
- Estás a dispensar-me? Claro que não. Eu sou linda e tenho um corpo desejado.
- Ah! Mas os teus seios são murchos. – Proferiu Sam.
- O quê? – A Fulana transformou-se num cubo de gelo, dirigiu-se aonde Sam estava e desferiu-lhe um tapa na face direita. – Desmancha-prazeres. – Vestiu-se às pressas e saiu com o resto das peças nas mãos.
- Olha, eu não quis dizer iss…

A loira ignorou-o e bateu com a porta. Sam deixou-se cair no sofá.


“Isso era mesmo necessário?”
– Tocou na face dorida – “Afinal só falei a verdade, os seios dela eram murchos.”

=^.^=^.^=




Ao chegar à casa de Natália, reparou que havia alguns carros estacionados em frente à entrada, facto que não lhe passou despercebido. Alguns dos convidados já deviam ter chegado. De certeza que amiga ia lhe matar. Já era noite, atrasou-se com as compras. Mas a culpa não tinha sido dele, imprevistos acontecem. Depois de sair do supermercado, um agente de trânsito mandou-o para a esquadra, por desacato a autoridade. Tinha-lhe dito que mais parecia um palhaço fardado, do que um polícia.


Dean suspirou e entrou pela porta da cozinha.


A casa estava muito bem decorada, Natália sempre tivera jeito para fazer ornamentações.


Deixou os sacos das compras em cima da bancada de mármore, e dirigiu-se à sala.


Natália estava com um vestido preto e simples, com detalhes em rosa, era muito bonito, chegava-lhe aos joelhos e assentava-lhe perfeitamente. Encontrou-a a conversar com três lindas jovens. Ao aperceberem-se de Dean, interromperam a conversa.


- Deus do Céu! Dean o que te aconteceu? – Indagou Natália preocupada, ao ver o olho roxo do amigo.
- Coisas horríveis. Mas nada de grave. – Disse Dean, constrangido.
- Como nada de grave? Vais as compras e pareces-me nesse estado?
- A culpa foi toda tua! Se não fosse esse teu aniversário estúpido! – Bufou, Dean.


Odiou-se por ter proferido tais palavras, sentiu-se como um bruto hipócrita ao ver que a alegria da amiga desvaneceu-se, dando lugar à um semblante triste.


- Nat… não sei o que está acontecer comigo… por favor me perdoa… eu – Não pôde terminar.
- Dean, finalmente encontrei-te. – Sam acabava de entrar pela porta da sala. Estava num péssimo estado. Os cabelos estavam desalinhados, tinha uma das faces com a marca de uma mão.
- Mas o que se passa nessa casa? – Indagou uma das amigas de Natália.
- Não te metas sua intrometida. – Retorquiu Dean, ríspido.


A mulher estagnou.


- Não tens o direito de falar assim com ela. – Interveio outra jovem.
- O mesmo para ti, sua vadia. Sei bem o que dizem a teu respeito. – Redarguiu Sam.


Natália ficou boquiaberta. A sua boca só não caiu porque era impossível.


- Dean, Sam expliquem-se. – Declarou assim que se recompôs.
- Nat, eu sei que parece que estamos a ser grosseiros, mas não é culpa nossa.
- Como assim não é “culpa nossa?” – Interveio a outra jovem, que até agora assistia a confusão. – Vocês aparecem do nada ofendem as pessoas, e dizem “não é culpa nossa?”
- Cala-te – Ordenaram Dean e Sam em uníssono.


- Sabes o que mais? Nat eu te amo muito, mas não vou aturar grosseria de ninguém. Vamos embora meninas – Declarou a jovem. – Pamela, Chris, vamos.


- Lindsay, espera… - Gritou Natália, correndo atrás das amigas. Quando regressou, os seus olhos faiscavam de fúria. – Vocês ficaram loucos?
- Olha, não é nada disso. Escuta... – Dean explicou-lhe tudo o que se sucedera. Natália ficou estupefacta, com as revelações que cada um dos irmãos fez. Cada um contou o que tinha acontecido consigo ao longo do dia.

Mais tarde tornou-se divertido. E os três riam-se como crianças.


- Bom então parece que o meu aniversário ficou arruinado. – Disse Nat.
- Nada disso. Como fui um dos causadores dessa confusão convido-te a conduzires o meu carro. – Disse Dean.
- Sério?! – Berrou Nat, aos pulos.
- Sim é o mínimo que posso fazer.
- Então eu pago o jantar, vamos até um restaurante. – Disse Sam.
- Se vocês o dizem. Vamos lá boys. – Disse Natália, saltando para as costas de Dean.
- Hei! Não abuses. – Resmungou Dean.
- Eu mando hoje, esqueceste… é o dia do meu aniversário.


Os três entraram para o Chevy Impala SS 1967 de Dean. Natália estava muito feliz, não esperava que Dean um dia pudesse lhe conceder esse desejo.


- Hoje é um dia muito especial para mim. – Disse Nat, com as mãos no volante.
- Sim. É um dia Especial e Único. – Disseram Dean e Sam, em uníssono.



THE END

domingo, 12 de dezembro de 2010

Categoria Séries TV/Supernatural
Classificação Dezoito
Terminada Sim
Favoritos 4 Comentários Totais 3 Exibições Totais

Avisos Heterossexualidade, Violência
Gêneros Terror e Horror, Hentai, Drama (Tragédia)
Personagens Laura, Shiloh, Brendan
Tags Supernatural, Spn, Hentai, Drama, Morte

Capítulo 1

Não se brinca com os Mortos


Outro dia da cansativa semana de provas mal começara, e Shiloh ja estava acordada arrumando as suas coisas para ir á escola, hoje era a tão esperada prova final do bimestre um dia que ninguém poderia a impedir de faltar.

-Está tudo aqui - ela olha para a bolsa - mãe! o café ta proto? - ela fala num tom mais alto


-
Está Shiloh! Venha logo tomar café se não vai perder a hora!

-Tá mãe!


Ela desce as escadas prepara um pão com margarina e café com leite,depois de comer vai para a frente de casa esperar Laura para irem á escola juntas.


-" A Laura sempre demora..qualquer dia desses eu largo ela aqui" - ela olha para a hora do celular e do nada se ouve uma voz conhecida


-SHILOOOOOOOOH! - ela para de correr e se curva ofegante - eu demorei, mas cheguei


- Nossa - ela se surpreende - só foi eu ver a hora e você chegou - as duas começam a rir


-Vamos pra escola agora? Não quero me atrasar...


-Pra fazer a prova - ela completa


-Prova? Que prova?! Quando e onde?! - ela fica surpreendida com a noticia


-Hoje tem prova final esqueceu?


-Esqueci hihi - ela coloca a mão a trás da cabeça


-nossa... Mas se demorarmos mais vamos ficar atrasadas mesmo você estuda no caminho ok?


-ok


Depois de uns 20 min. elas chegam à frente da escola


-Então é igual á 2?


-Isso finalmente você aprendeu! - Shiloh fala alegre


-Ebaaaaaaaa! - ela joga o caderno pra cima


Ao avistá-las na escola Brendan se aproxima e vai cumprimentá-las


-Oi Shiloh - ele a cumprimenta - e oi amor - ele da um abraço e um beijo em Laura


Shiloh parecia incomodada com a beijação dos dois e interrompe


-Err..Brendan você estudou pra prova?


-Prova?,eu não - ele coloca os braços atrás da cabeça - eu não me importo com a prova eu vo me dar bem mesmo


O sinal para a entrada dos alunos toca, e todos vão para dentro


-Gente eu já venho vou ao banheiro - Laura vai para o banheiro


Depois que ela vai...


-Eu sei que você não se importa, mas depois não me venha pedir ajuda na recuperação - ela se vira e vai em direção á sala


-Eu sei que você vai me ajudar - ele a agarra pelas costas e começa a cochichar em seu ouvido - porque você me ama..


Shiloh se solta dos braços dele e se vira


-Eu não te amo! E se voce não parar com isso eu nunca mais olho na sua cara! – ela vai para a sala e se senta em seu lugar


-“você não me engana” Vamos logo Laura! – ele fala alto em direção á porta do banheiro


No banheiro..


-Já to indo! – algo chama a sua atenção e ela se vira para ver – o que é isso – ela se abaixa – nossa,uma caixinha – ela pega a caixa na mão e a abre – nossa que espelho lindo! – ela pega o espelho e começa a se olhar nele no mesmo instante ela vê o reflexo de algo passando atrás dela – ã! – se vira repentinamente – eu juro que vi algo aqui...


-
Vamos Laura! Já ta na hora de ir!

-To indo! – ela guarda a caixinha e a escova dentro da bolsa e vai para a sala de aula


Uma meia hora depois durante a prova...


-
Shiloh!

-
O que foi Laura?

-
Eu encontrei uma coisa estranha no banheiro...

-
O que?

-
Um espelho dentro de uma caixinha,e quando eu peguei o espelho para ver meu reflexo alguma coisa passou por trás de mim

-
Deve ter sido a sua imaginação

-
Não foi! Eu vi algo passando atrás de mim

-
Daqui á pouco a gente vê,Professor terminei a prova! – ela se levanta e coloca a prova na mesa do professor

-“ eu não me importo vou ver isso agora “ – ela se levanta do lugar e vai á mesa do professor – professor posso ir tomar água? Eu tenho que tomar remédio


-Tá bom Laura, mas volte logo!


Quando ela sai Shiloh se senta no lugar


-“ o que será que ela foi aprontar..”


No banheiro..


-Agora eu vou descobrir o que era aquilo que passou por trás de mim.. – ela pega a caixa e encontra um papel –

nossas quantas anotações..mas de 1902?!,será que é um fantasma me seguindo?... – ela olha em volta e não vê nada – hum.. eu acho que a moça da cantina não vai sentir falta de umas duas garrafas de cobertura de morango – faz uma cara de sapeca e vai á cantina

Uns 20 min. Depois Laura ainda não havia voltado para sala


-“ Onde ela pode estar “ – Shiloh fala olhando pro relógio – “vou atrás dela” ,Professor! Posso ir á secretaria? Eu to passando um pouco mal..


-Tá Shiloh,se der procure a Laura? Ela me entregou a prova em banco e quero saber o porquê...


-Tá professor – ela sai da sala e vai ao banheiro feminino


No banheiro...


-Laura? – Shiloh abre a porta cautelosamente – O que é isso?! – ela se assusta com os desenhos feitos no chão – nossa quem desenhou isso? – ela se abaixa e olha fixamente aos desenhos


Enquanto ela está abaixada algo começa a se aproximar vagarosamente por trás dela,que depois de ficar bem próximo pula em cima dela


-AAAAAAAAAAA! –ela grita e cai em cima dos desenhos do chão e fica com a roupa e rosto sujos – sai de cima de mim...Laura!?


-hahahaha – ela começa a rir – você tinha que ver a sua cara – ela sai de cima de Shiloh e a ajuda a levantar


-Porque você fez isso?,agora eu to toda suja de...


-Cobertura de morango!


-Cobertura de morango – ela faz uma cara desentendida – pra que voce fez esses desenhos místicos no chão com cobertura de morango? u.ú


-Porque eu tava invocando um espírito ué?


-INVOCANDO UM ESPÍRITO? – ela leva outro susto


-Yes baby – ela dá uma piscada com o olho – quando eu disse que ia ver o que tava acontecendo eu vim aqui ,e achei um papel cheio de anotações velhas num papel,eu pensei que podia ser um espírito aí eu tava invocando ele e esperando você chegar – ela dá uma pequena risada


-Engraçadinha – ela faz uma feição bravia – agora como eu volto pra sala com a roupa desse jeito?


-Já que a aula está acabando..e vai ter o intervalo...vamos pegar as nossas coisas e vamos pra casa,ou fingimos que nos machucamos e temos que ir pro médico..


-Ou porque a gente não fala que caímos na cantina? Explica a cobertura de morango..


vamos lá

Elas vão à secretaria e são liberadas para voltar pra casa..


Na frente da casa da Shiloh...


-Tchau Laura vou indo..-elas se abraçam e Shiloh vai pra casa


Dentro de casa...


-“ minha mãe saiu..vou aproveitar e mexer no computador” – ela vai para o seu quarto,liga o computador e entra no MSN ( eu não sei um outro programa além de MSN e skype que seja de chat por isso ficou como MSN
) – vamos ver quem tá online?.. – ela vê Brendan online o chama para conversar

Chat-on


-Oi Brendan já está em casa?


-Não eu to na escola! Oque aconteceu pra voce e a Laura irem embora mais cedo?


-Foi um probleminha que a Laura causou mais ta tudo bem


-O que ela fez?


-Fez vários desenhos com cobertura de morango no chão do banheiro


-Ela é doida?


-Não..ela disse que tava invocando um espírito


-INVOCANDO UM ESPÍRITO?!


-sim,ela acha que tem um espírito seguindo ela


-ela deve estar afetada por não ter feito a prova


-é..e você fez?


-Eu colei tudo


-era de se esperar


-mas colei errado e vou tirar um zero bem redondo


-hahaha,eu falei


-e o que eu faço agora?


-Porque você não vai pra escola de madrugada e altera as notas? Hahaha ‘


-hum..


- o que foi?


-uma boa idéia
eu aproveito e chamo a Laura também pra ir com a gente!

-só era brincadeira


-á..vamos Shiloh..se você for vai ter uma surpresa..


-surpresa?


-você só vai saber se ir


-Tá eu vou junto de vocês..


-Ok vou ligar pra Laura tchau!


-Tchau!


chat-OFF


-Ai..no que eu fui me meter – ela se senta na cama e olha para o relógio – nossa já é bem tarde..vou trocar de roupa pra ir dormir – ela se troca e vai dormir


Aproximadamente umas 2 horas da manhã o telefone toca


TRIIIM...TRIIM

ligação-ON

-Alô? – Shiloh fala com uma voz de sono

-Oi Shiloh! É a Laura ta pronta pra ir?


-Pra onde?


-Pra escola! O...Brendan, me disse que a gente ia lá alterar as notas do gabarito


-“não acredito que ele levou á serio” tá to indo pra escola ok?


-ok! Tchau beijos miga!


-Beijos


Ligação-OFF


-Deixa eu ir logo...


Na frente da escola...


-“agora cadê eles..”


-Shiloh! – Shiloh se vira e vê Laura e Brendan


-Oi gente!


-Está pronta para a invasão? – Laura faz deboche


-Estou n.n ‘– ela começa a rir


Eles entram na escola e começam a conversar...


-Nossa aqui é tão sombrio – fala Laura olhando para o chão – hey,porque o chão tá cheio de água?


-Deve ser um vazamento no banheiro – Brendan fala acalmando as meninas


-Tomara – Shiloh fala amedrontada


-Olha, vou fazer assim, eu vou lá ao banheiro e vejo o que aconteceu e vocês vão alterar as notas ok?


-Ok- os dois falam


-Vamos Shiloh? – Brendan se vira na frente dela e pergunta


-Vamos – ela dá uma leve corada e vai com Brendan até a sala do diretor


No banheiro...


-Nossa Concerteza o vazamento vem daqui – ela se abaixa e vê os desenhos dela ainda lá intactos – nossa meus desenhos ainda estão aqui...isso é estranho...- ela se levanta e ao virar vê uma sinistra criatura na sua frente


(descrição da criatura sinistra: ela era pálida com pequenos tons amarelados,olhos eram dois grandes buracos no rosto, tais buracos com rachaduras em volta,uma boca com uma expressão de medo e com sangue seco,um cabelo escuro,mas com poucas mechas e essas poucas mechas pareciam ter sido enceradas de tão duras e secas,usava uma espécie de toga branca rasgada e era magra como uma pessoa desnutrida)


-Oo que é voce? – ela gagueja ao falar mas em poucos instantes a sinistra criatura toma seu corpo


Agora fortalecido a assombração começa a andar pelos corredores da escola atrás de Brendan e Shiloh...


Na sala do diretor..


-Alterou as notas Brendan? – Shiloh diz preocupada


-Sim todas alteradas


-Ok..agora vamos procurar a Laura? Estou preocupada com ela


-Tá mas antes uma coisa – ele começa a se aproximar de Shiloh e acaricia o rosto dela


-O que foi Brendan? – ela gagueja ao falar e fica corada


-Eu quero um beijo seu..- El se aproxima e dá um apaixonado beijo nela depois disso ele começa a acariciar o corpo de Shiloh


-Por favor..você tem namorada..não.. – ele começa a cochichar no ouvido dela


-Eu terminei com a Laura..hoje mais cedo,porque eu quero você..eu amo você,eu sei que voce me ama também... – ele beija o pescoço dela


Nesse momento Brendan tira a blusa e em seguida Shiloh tira a sua também,eles tiram a roupa e se deitam em cima do sofá da pequena sala,eles se beijam apaixonadamente,após se deitarem trocavam muitas carícias e beijos..


-
Brendan..pra falar a verdade..eu também amo você – ela cochicha no ouvido dele

-
eu sabia – eles voltam a se beijar

Durante esses acontecimentos ao lado de fora os irmãos winchester estavam a procura d eum hotel


-Nossa..que frio ficou aqui... – Dean fala enquanto dirige


-É mesmo..- depois que Sam fala o rádio começa a chiar- Dean, pode ter um espírito por aqui


-Também acho, será que é naquela escola? – ele estaciona na frente da escola


-Vou ver – Sam pega o aparelho que mede a energia do lugar e aponta para a escola – siim tem algo ali..


-Então vamos logo matar essa coisa,assim temos um trabalho


-Ok


Eles saem do carro e pegam o arsenal no porta malas,entram na escola e começam a procurar a criatura


Na sala do diretor Shiloh e Brendan ainda desfrutavam do momento de amor,até ouvirem um grito rasgado


-O que foi isso? – Brendan veste a calça e em seguida Shiloh também se veste


Ele caminha até a porta e vê a assombração bem perto da porta,ele fecha a porta e tranca,enquanto o bicho faz pressão de um lado e eles do outro


-Vai Shiloh me ajuda!


-Tá! – ela põe a blusa e começa a ajudar o Brendan a segurar a porta – deve ser a assombração que a Laura viu!


-É mesmo! - ele faz mais força


-Brendan eu to com medo – ela começa a chorar


-Eu to aqui com você não precisa ter medo

Ao escutarem o grito Sam e Dean vão á procura do ser que gritou

-Deve ter gente aqui! Vai mais rápido! – eles sacam as armas e dão de cara com a criatura que se vira na direção deles e grita novamente


-Some daqui bicho feio! – Dean atira na assombração que perde um braço


A assombração começa a correr para cima deles,nesse momento Brendan sai da sala e atira uma cadeira na cabeça do bicho que cai no chão


-Corre! – Brendan sai correndo e Shiloh em seguida


-Esperem! – Sam vai atrás deles


-ele sempre me apronta u.ú – Dean o segue enquanto a assombração sege todos pelo teto


Eles chegam no banheiro onde tudo se iniciou e trancam a porta


-Agora os expliquem o que aconteceu aqui! – Sam fala num tom de voz bravio


-Assim, hoje teve o teste final e o Brendan e a Laura não Haviam estudado ..


Ela é interrompida por Dean


-Quem é Laura?


-A minha amiga e ex-namorada do Brendan que veio aqui conosco


-E onde ela está?


-Ela tinha vindo pra cá, mas eu não a vi mais


-..Ela pode ter sido devorada pelo espírito – Dean interrompe novamente


-Devorada? – Brendan gagueja ao falar


-Sim,pelo espírito não ter sumido ao receber um tiro de sal grosso,ele pode estar usando o corpo dela,mas para o espírito estar aqui somente agora alguém o invocou ou provocou,vocês tem idéia de quem?


-A Laura.. ela falou que tinha vindo aqui invocar um espírito depois te tê-lo visto em um espelho..


-Espelho?! Cadê esse espelho?! – fala Sam curioso


-Ela o deixou – ela se vira em direção á pia – ali..


Sam vai até lá e pega o espelho


-Talvez ele esteja atrás do espelho...


-É mas mesmo assim ele é perigoso


A criatura entra no banheiro arrombando a porta, começa a gemer e se aproximar


-Vai Sam agora!


Sam joga o espelho na parede,com o choque o espelho é quebrado em vários pedaços,ao ver isso a criatura fica furiosa e avança em cima deles,mas já que a única coisa que o mantia vivo lá foi destruída,ele caiu no chão e sumiu, a única coisa que permanecia lá era o corpo de Laura ,todo cheio de sangue mas,Laura estava morta a única coisa que permanecia lá era seu cadáver pois seus espírito havia sido roubado pela assombração.


-Laura! – Shiloh corre até o corpo da amiga e começa a chorar – Laura..não Laura acorda! – ela começa a gritar – acorda!


-Shiloh..ela não vai acordar – Brendan chega ao lado dela e a abraça


-Não pode ser – ela abraça mais forte Brendan e começa a chorar mais


Sam e Dean os levam para a casa de Shiloh,onde seria o melhor lugar e mais seguro para ficarem...mas uam coisa aprenderam nessa noite,nunca é bom se brincar com os mortos...

Notas da Autora


Bom, pessoal essa é a primeira Fic com um unico capitulo que estou postando então sabem como é a primeira nunca fica muito boa , mais espero que gostem e se divirtam com a leitura.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Postado em 17/04/2010 às 20:14
Categoria Séries TV/Supernatural
Classificação Dezoito
Terminada sim
Favoritos 3 Comentários Total/Capítulo 3/3 Exibições Total/Capítulo /268

Avisos Homossexualidade, Nudez, Sexo, Spoilers
Gêneros Musical (Songfic), Drama (Tragédia), Yaoi
Personagens Dean, Castiel
Tags Procura, Paz

Capítulo 1

Oneshot


Disclaimer: Supernatural não me pertence. Créditos a Eric Kripke.

Spoilers: Depois da quinta temporada.

Avisos: Yaoi e Lemon.

Casal: Dean x Castiel

Música utilizada: Canta per Me por Kajiura Yuki.

Detalhe importante: As falas entre colchetes são falas ditas em enoquiano. Ex: [fala em enoquiano]

Cante para Mim

Canta per me ne addio
Quel dolce suono
De' passati giorni
Mi sempre rammenta



As vozes sussurravam, roucas, o nome daquele que as mãos buscavam. Os nomes dos donos das peles tocadas saiam dos lábios vermelhos repetidamente, como uma prece. Uma prece saída do fundo das almas confusas e perdidas. Almas que se encontravam e se amavam por meio de toques e sussurros. As vozes baixas eram ouvidas, mas não entendidas. Palavras não eram necessárias naquele momento. O silêncio era o suficiente, pois o que buscavam não era o som da conquista, mas o silêncio da paz.

Dean deslizou os lábios pelo pescoço do anjo em seus braços. Em sua mente, sussurros eram ouvidos, mas ele não entendia o significado de nenhuma palavra proferida. Ele sabia que aquela voz grave e ao mesmo tempo suave pertencia à Castiel, só que o anjo falava em uma língua que era impossível para ele entender.

As mãos do caçador seguravam a cintura do anjo firmemente. O gesto poderia aparentar ser uma forma de impedir que o anjo se afastasse, mas essa impressão seria apenas uma ilusão. O real significado do gesto era certificar que o anjo estava ali, que aquilo não era um sonho. Dean deixou que suas mãos corressem livres pelas costas de Castiel. O anjo arqueava em seus braços, claramente aproveitando e gostando de seus toques.

O Winchester mordeu, com uma razoável força, a junção do ombro e do pescoço do anjo. Apreciou, com deleite, os sussurros ecoarem de forma mais profunda e alta e as unhas de Castiel deslizarem por suas costas, quase rasgando sua camiseta. Respirou fundo, reprimindo um gemido e se afastou um pouco, o suficiente para admirar a face corada do anjo.

As íris verdes esperaram pacientemente que as íris azuis se abrissem e se focassem em si. O verde e o azul permaneceram unidos enquanto seus possuidores se aproximavam, colando os corpos e fazendo os lábios vermelhos encostarem uns nos outros. O beijo, entretanto, não era concretizado e o contato visual não era quebrado. As íris claras se observavam enquanto os lábios se tocavam em movimentos leves e superficiais.

Castiel deslizou os dedos das costas para os ombros e destes para o tórax de Dean, apertando e sentindo o corpo firme do caçador. Seu olhar ainda estava preso ao de Dean e o anjo pôde assistir enquanto seus toques faziam o brilho de desejo nos olhos do Winchester aumentar.

-[Dean... Você pode me entender? Você pode ver o que eu quero?] - Castiel sussurrou enquanto seus dedos tocavam a cintura de Dean diretamente sobre a pele e sob a camiseta negra.

Dean ouviu os sussurros aumentarem e, pelo tom, parecia que Castiel fazia uma pergunta. Era até engraçado. Ele não conseguia entender uma única palavra do que ele julgava ser enoquiano, mas sabia exatamente o que o anjo dizia, perguntava. Segurou os pulsos de Castiel e afastou as mãos que tocavam sua cintura, prendendo-as contra a parede. Em um movimento rápido, tomou os lábios do anjo para si de maneira forte, profunda, faminta, apaixonada.

-Todos nós desejamos a paz, Cas. - o caçador disse, após quebrar o beijo. - Por mais perdidos que podemos estar... - Dean escorregou as mãos pelos braços de Castiel enquanto falava – Por mais desesperados que podemos estar... - as mãos do Winchester agora escorregavam pelo tórax do anjo, aproveitando e desabotoando a camisa branca – Todos nós sempre... - a camisa foi totalmente aberta e os dedos do caçador tocavam a pele do anjo levemente – Sempre desejamos a paz.

Dean terminou de falar e puxou Castiel para si, pela cintura. Tomou os lábios do anjo em um beijo molhado e começou a andar, guiando o ser em seus braços para a cama a alguns metros da onde eles estavam.

Tempra la cetra e canta
Il inno di morte
A noi si schiude il ciel
Volano al raggio



Bastou que os corpos tocassem o colchão para que os sussurros aumentassem, mas dessa vez eles pareciam perdidos, como se as palavras se desencontrassem enquanto eram pronunciadas.

Dean fez questão de, em poucos minutos, se desfazer de toda a roupa que pudesse atrapalhá-los. Beijava e tocava Castiel sem qualquer barreira e sentia o anjo retribuindo seus toques de maneira tímida, mas forte. Suspirou, sentindo os dedos de Castiel tocando a marca que o próprio anjo havia deixado em seus ombros.

Os sussurros ecoavam na mente de Dean, sempre os mesmos. O anjo dizia a mesma palavra, sempre, repetindo-a de novo e de novo. O caçador sabia, sentia que aqueles sussurros eram os chamados de Castiel por ele. Ele apenas se perguntava se aquele palavra, repetida sem pausa, era seu nome.

-[Dean...] - Castiel sussurrou enquanto arqueava o corpo para trás, sentindo os lábios de Dean beijando e mordendo seu abdômen.

Dean subiu o corpo, beijando o pescoço do anjo rapidamente, para depois colar o boca na orelha de Castiel e sussurrar:

-Eu quero você, Cas.

Castiel, em resposta, beijou o ombro de Dean, exatamente em cima da marca de suas mãos. Abraçou o Winchester e abriu as pernas, acomodando o caçador entre elas. Tocou a nuca de Dean e sussurrou sua resposta:

-[Então me tome.]

Dean estremeceu. O sussurro em sua mente fora mais forte do que os outros, talvez por causa da proximidade dos lábios do anjo. O fato era que, apesar de não entender uma única palavra, os gestos de Castiel deixaram bem claro o que o anjo desejava. Por isso, Dean resolveu atender o pedido e satisfazer seu próprio desejo.

Voltou a tomar os lábios de Castiel para si. Seus dedos preparam o anjo e como consequência os sussurros também voltaram a aumentar. Aquela mesma palavra voltou a ser sussurrada insistentemente pelo anjo.

-[Dean...]

O caçador se posicionou e começou a tomar aquele que tanto queria para si. Aquele que conseguia entender mesmo sem saber o significado das palavras que pronunciava. Ele desejava Castiel e agora o tomava. Lenta, profundamente. Queria que o tempo parasse e aquela paz tão silenciosa pudesse durar por toda a eternidade.

O silêncio que os envolvia não era o silêncio simples que vinha da ausência de som. Era o silêncio da paz que nascia da ausência de dor. O silêncio da paz que ele e Castiel tanto desejavam! Encontravam essa paz juntos, em seus toques, em seus beijos, em seus movimentos. Um no outro.

Os sussurros do anjo continuaram a aumentar, até um ponto em que Dean achou que fosse ficar louco, ouvindo aquela palavra estranha ecoar em sua mente. Cada vez mais alto, cada vez mais forte. Até que o limite fosse alcançado.

Dean respirou fundo e olhou nos olhos do anjo. Não havia mais movimento. Eles estavam parados, os olhares presos. As respirações procuravam ser regularizadas e as mãos tocavam os rostos alheios. Um carinho suave, bom, simples.

-Obrigado, Dean.

O Winchester assentiu levemente, aproveitando o toque de Castiel em seu rosto. Sua própria mão tocava o rosto do anjo.

-Obrigado, Cas.

Dean abaixou o rosto e beijou os lábios de Castiel. Ao contrário dos outros beijos que eles já haviam trocado, esse era calmo, suave. Agradeciam pela paz que um dava ao outro e apenas isso. Os sussurros em enoquiano ainda ecoavam na mente de Dean, mas agora ecoavam na forma de uma lembrança. No fundo admitia que gostava de ouvi-los. Mas não admitiria isso em voz alta.

Naturalmente não diziam que havia amor em seus toques e carinhos, não poderiam dizer. Para eles, não havia sentimentos trocados em seus encontros. Mas havia a busca.

A busca pela paz.

La vita dell'amore
Dilette del cor mio
O felice, tu anima mia
Canta addio...

End




Notas da Autora: Minha segunda Dastiel! Tô tão feliz! *-* /]momento baka

Espero que tenham gostado dessa fanfic. O título [b]Cante para mim é a tradução do título da música utilizada na fanfic [b]Cante per me.
É uma música muito bonita.

Ai Gente....

me desculpem não ter colocado capitulos esses dias mais eu estava sem internet e vou ficar por um bom tempo então vou colocar mais uma historia inteira e depois volta ao normal
beijinhos

Epílogo

— Então é aqui que nós nos separamos. — falou Callie Robb a Dean e Sam Winchester. Passaram alguns dias após a exterminação de mais uma criatura do inferno. Eles estavam em frente a uma doca, onde uma lancha branca aguardava Callie.

— Tem certeza que vai? — Sam perguntou.

— Eu preciso. — ela respondeu. — Mas ainda nos veremos novamente.

— Não há como ter certeza. — Sam disse, olhando o horizonte. O mar parecia não acabar.

— Não irei despedir-me com um beijo romântico, muito menos com palavras de juras de amor. — Dean disse quando Callie virou-se para ele.

— E nem espero. — ela respondeu. Sua mão foi ao rosto dele, escorregando pelo pescoço e tocando levemente seu peito, para depois colar-se ao corpo dela mesma.

Callie pulou dentro da lancha, e partiu, espirrando água nos irmãos Winchester. Ela os olhou novamente quando estava longe; não passavam de dois pontos na doca. Talvez estivesse fazendo uma besteira ao abandoná-los pela segunda vez. Queria ficar assim como precisava partir.

A série dos assassinatos macabros acabou.

Por enquanto.


N/A: ¹ A inclusione unius ad exclusionem alterius: provérbio ou sentença em latim. Significa da inclusão de um à exclusão de outro.

Notas Finais


Espero que tenham gostado *-*

Eu adorei escrever essa fic, mesmo tendo várias para continuar. Sempre fui apaixonada por Supernatural. Agradeço a quem leu até o final, pois sei que não ficou pequeno.