quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Futuro

Era possível ouvir os gritos de dentro da sala de estar. Não eram gritos de dor – oh, não eram. Eram gritos raivosos, cheios de ira e palavras de baixo calão. Mas apesar de tudo, apenas aqueles que estavam do outro lado do assunto – totalmente fora dele – sabiam o que aquilo realmente significava: Ciúmes. Sabiam que as palavras que eram ditas na cozinha eram apenas da boca para fora; no fundo, os dois envolvidos estavam apenas demonstrando o quanto se importavam com o outro e como, apesar daquilo, a relação deles podia melhorar.
O problema era que naquele momento, eles não enxergavam aquilo.
- Se eles quebrarem algo meu, eu juro que os faço recolher os restos com os dentes. – A morena murmurou para o marido, que estava ao seu lado a escutar o que acontecia do outro lado da porta.
- Se você não fechar a boca, vai ser meio impossível eu escutar o resto. – Dean sussurrou para a mulher com repreensão.
- Você consegue ser pior que mulher no quesito fofoca.

Autora: Tiemy
Status: Finalizada
Revisada por: Isa
Categoria: Seriado - Supernatural
Sub-Categoria: Romance/Drama - ShortFic
Comentários: Comments (8)

Dica da autora:
Quem quiser, ouça "Painted on my heart - The cult" enquanto lêem "Heart"

Presente

- Faça. Agora.
Disse entre dentes, fechando os olhos com força para não ter que encará-lo. Mais meio segundo perdida naquele verde intrigante e eu hesitaria diante da situação.
- Não. - Sua voz soava firme, com segurança. Uma demonstração do quanto ele estava nervoso, assim como eu. - Eu prefiro morrer.
- Droga Dean! - Esmurrei a parede que agora estava diante de mim; uma lágrima rolando solitária pela minha face. - É exatamente isso que estou tentando evitar. Não complique as coisas!

Passado

- Jennifer Fagundes? Somos do FBI, queremos falar com você. Agente Millers e agente Connor.
Abri a porta do meu apartamento, encarando os dois sujeitos que erguiam suas identidades para mim.
- Entrem. - Dei espaço para que os dois passassem. Eu sabia que aquela semana ia ser agitada. - Bem, eu já dei meu depoimento para dois agentes ontem.
- Ahn, é só para confirmar alguns detalhes.
O agente Millers sorriu para mim. E parecia extremamente doce quando uma covinha surgiu em seu rosto. Ou talvez fosse o modo como seu cabelo caía em seus olhos. Bem, ele não fazia o tipo de agente do FBI, se é que me entendem.
- Então, você era parente da vítima? - Mudei o foco da minha atenção para o agente Connor e reprimi um suspiro tolo. Ele era realmente bonito.
- Era minha... irmã.
- Nós sentimos muito. - Eu não disse? Os caras de ontem nem se importaram quando fizeram a mesma pergunta. - Você que encontrou o corpo, não foi?
- Exatamente. - Estava me esforçando para não chorar e manter a voz firme.
- Sabe se ela tinha algum inimigo, alguém que quisesse o mal dela? - Encarei os olhos do agente Connor e corei levemente. - Um ex namorado, talvez?
Ri pelo nariz. Como minha irmã poderia ter inimigos? Ela era sempre atenciosa, sempre calma e sorridente. Era mais fácil eu ter algum inimigo do que ela.
- Não. - Suspiro. - Clarice era adóravel.
- Tem algo que queira nos contar, senhorita Fagundes?
Millers e eu nos encaramos e no mesmo momento olhamos para Connor.
Impossível. Não havia razões para que ele suspeitasse de mim. Mesmo que, bem lá no fundo, eu soubesse que havia sim, razões de sobra. Uma única razão que me assombraria pro resto da vida.

Presente

- Dean, se você não fizer isso, eu encontrarei quem faça.
- Nós vamos dar um jeito. Você não pode desistir agora.
Eu permanecia de costas para o único homem que me fizera sorrir depois de tudo. O único que eu queria e não poderia ter. Os ponteiros do relógio pareciam ter estacionado numa hora qualquer. Eu sequer me dava conta do que acontecia fora daquele quarto de hotel barato.
- Eu vou machucar você. - Sussurrei, tentando desfazer o nó em minha garganta. - Sammy. Mesmo que sem querer...
- Você não vai porque eu não vou deixar. - Dean deu um passo à frente e uma onda de eletricidade percorreu minha espinha. Meu corpo parecia reagir ao calor de sua pele, mesmo quando distante.
- Então você tem que me ouvir.

Passado

Eu sabia que não era uma boa ideia caminhar sozinha pelo cemitério, principalmente à noite.
Mas eu não ligava. Eu já não me importava com mais nada. Na verdade, eu estava desejando que aquilo tudo acabasse logo.
Abracei meu tronco com mais força, proporcionando um pouco de calor naquela noite gelada.
Uma garoa fina começara a cair. Apressei o passo para chegar logo ao túmulo onde minha familia estava sepultada.
Primeiro, minha mãe. Depois, meu pai. Agora, levaram a única que me restava. Minha pequena Clarice. Eu estava só. E não demoraria muito para que viessem me buscar.
Chovia forte agora e não havia muita iluminação naquela parte. Um estalo de galho seco se partindo atrás de mim me obrigou a correr, sem direção.
Meu coração pulsava descompassado dentro do peito e meus pés tropeçavam costantemente nas raízes das árvores. Trombei com algo mas não senti a aspereza do solo sob mim. Alguém me segurara pela cintura.
- Opa. Aonde vai com tanta pressa?
- Agente Connor? - O encarei dividida entre surpresa e alívio. - O que está fazendo aqui?.
- Dean? - Ouvi a voz de quem eu achava ser Millers. Ele chegou correndo até nós meio segundo depois. - Jennifer?
- Dean?? - Questionei, ainda pendurada em seus braços. - Vocês não são do FBI mesmo, são?
- É que nós fazemos bico de... vigia noturno do cemitério.
Eu abri a boca para exigir explicações mas não havia palavras a serem ditas. Na escuridão, eu ouvi os passos ruidosos que me seguiam.
Finquei as unhas no ante braço de Dean, que me pôs protetoramente atrás de si. Dean trocou um olhar significativo com o outro, que assentiu brevemente.
- Tem que ficar boazinha agora. - Sussurrou em meu ouvido, colando nossos corpos contra a árvore.
Naquele breve segundo que ficamos frente a frente, seu hálito quente soprando diretamente em minha boca, todo o pavor desaparecera. Mas só naquele breve segundo.
- Dean!.
- Sam! - Gritou ele de volta, correndo na direção de onde partira a voz.
Eu queria pedir que ele não saísse do meu lado, mas sabia que não havia mais perigo. Se Sam estava vivo, aquele que me perseguia tinha fugido.
- Aquele desgraçado fugiu. - Exclamou Sam quando se aproximou de mim, ladeado por Dean. - Você está bem?
Fiz que sim brevemente, vacilando. Encostei-me no tronco, buscando apoio. Meu corpo inteiro tremia.
- Você vem com a gente. - Dean decretou, puxando um braço meu para que passasse por seu ombro. - Você tem algo para nos contar.

Presente

Um silêncio pertubador se instalou no quarto. Me perguntei se Dean ainda estava ali. Me virei lentamente, encontrando-o parado a alguns passos de mim, encarando o chão. Minha respiração falhou quando avistei seus olhos. Ah... aqueles olhos que eram profundos e serenos. Abaixei meu olhar na direção de sua boca. Contornei seu rosto perfeito, descendo por toda extensão de seu corpo. Seus ombros largos, seu peito que tantas noites me aninhou protetoramente.
Aquele era meu porto seguro. Mas eu não era segura para ele. Para eles.
Eu estava sendo crente demais que tudo ficaria bem. Que haveria chances para nós dois. Bem, ainda havia chances para ele.
- Por favor...
Eu queria ser forte e não chorar. Não queria que ele hesitasse perante o meu pedido. Mas parecia praticamente impossível conter o choro enquanto eu via uma lágrima descer pelo seu rosto.
Eu sabia que seria mais difícil para ele do que para mim. Depois que ele puxasse o gatilho, todas as minhas lembranças se apagariam também. Mas não levariam consigo as dele. É, era egoísmo de minha parte, mas se fosse para mim morrer, que fosse nos braços daquele que eu amava.
- Jen... Eu. Eu não posso.
- Dean, escute. - Dei aqueles últimos passos que nos mantinham longe. Com delicadeza segurei seu rosto entre minhas mãos trêmulas, forçando-o a olhar dentro de meus olhos. - Nós dois sabemos que isso é o certo a ser feito. E-eu jamais conseguiria viver se algo acontecesse à você. E sei que você não conseguiria continuar se algo acontecesse com o Sam. Não vê? Um fato liga ao outro. E tudo parte da minha existência. É a mim que ele quer, mas se houver oportunidade pra ele fazer sofrer quem eu amo, ele não a desperdiçará.
- Nós vamos acabar com ele. - Dean sussurrou, trincando os dentes. Ele não queria admitir, mas sabia que não existia saída.
- Não Dean. Você pode acabar com ele, mas um dia ele vai voltar. Talvez quando nós estivessemos com... uma familia formada. - Uma lágrima rolou quando lembrei dos planos que fizera, de ter uma casa, da possibilidade de ter filhos com lindos olhos verdes. - E eu não quero viver na expectativa de sofrer no futuro. Vamos Dean, - forcei um sorriso entre os soluços - não seja frouxo como o Sam diz.
- Isso não tem nada a ver com coragem. Você. Você não pode desistir assim.
Fechei os olhos e beijei seus lábios docemente, permanecendo ali por alguns segundos. Fiz um caminho de beijos de sua boca até o lóbulo de sua orelha.
- Eu também amo você, Dean.

Passado

- Então quer dizer que você está sendo caçada - Dean me ofereceu uma cerveja depois que Sam me envolveu numa toalha. - Que irônico.
Sam deu o que eu achei ser uma olhada mortal para o irmão. Dean deu de ombros, ignorando-o.
- E vocês estavam caçando aquele que me caça. - Eu ri pelo nariz, largando a bebida intocada no criado mudo. - Isso é realmente...
- Irônico? - repetiu Dean, sorrindo.
- Assustador.
Sam reprimiu um riso quando Dean fez uma cara sem graça.
- Então deixa eu ver se eu entendi bem. - Sam olhou para mim, sério. - Seu avô fez um pacto com o dêmonio para ter sucesso nos negócios. Ele não cumpriu com sua parte e o demônio quis se vingar matando todos da família?
- Segundo ele, meu avô está em algum lugar do inferno presenciando tudo. - Dean se remexeu inquieto, olhando para Sam. - E bem, eu sou a última que resta. Eu era muito ligada com meu avô. Entende o que eu digo? Ele não poupará esforços para me... matar.
- Eu entendo o que quer dizer. - Sam me olhou com compreensão. - Não importa aonde esteja, ele sempre vai achar um jeito de te encontrar.
- Eu achei que você fosse o sensato e não dissesse esses tipos de coisa, Sammy. - Dean olhou sério para o irmão, que ia dizer algo para se desculpar.
- Não, não. Ele está certo Dean. - Eu tentei um sorriso confortador. Mas para mim do que para eles. - Eu já... me conformei.

~*~


- Tem certeza de que está confortável? - Perguntei mais uma vez ao ver Dean se ajeitando no sofá duro. - Não acho muito justo você me dar sua cama e seu irmão ir dormir no carro. Até porque eu nem deveria estar aqui.
- Não se preocupe. Eu amo dormir no sofá. - Dean fez um gesto exagerado e eu ri. - Agora, por que você não descansa um pouco?
- Tudo bem. - Voltei a deitar na cama, apagando a luminária. - Boa noite Dean.
Não fazia nem quinze minutos que eu havia fechado os olhos e um relâmpago cortou o céu. Honestamente? Eu morro de medo de trovões, relâmpagos e afins.
- Dean? - Acendi a luminária e chamei por ele, que já parecia estar no quinto sono. - Dean!!
- O que? O que? - Ele acordou imediatamente, olhando para os lados em alerta.
- Acha que vai chover? - Aquela pergunta soaria muito tola se eu não estivesse realmente muito apavorada.
- Quê? - Ele coçou os olhos, bocejando. - Está com medo de uma chuvinha dessas?
Os vidros da janela estremeceram com um trovão e eu me agarrei ao travesseiro. Dean se levantou do sofá e caminhou até a cama, me pedindo um espaço com as mãos.
- O-o que está fazendo? - Perguntei assustada quando ele se enfiou embaixo dos edredons, passando um braço por trás do meu corpo.
- Vou ficar aqui com você até parar de trovejar. - Ele deu de ombros, fechando os olhos novamente.
- Obrigada. - Sussurrei e corei quando ele me puxou para que eu deitasse minha cabeça em seu peito.
Não era como se eu não estivesse cansada. Depois dos acontecimentos daquela noite, eu me sentia inteiramente desgastada. Mas estar deitada com Dean não facilitava muito. Eu sentia sua respiração em meus cabelos, seu peito subindo e descendo calmamente sob minha mão espalmada ali.
- Sem sono? - Estremeci quando ele falou, sua voz soando como um ronronar em meu ouvido.
- Quase isso. - Olhei para cima e me deparei com sua boca muito próxima. Em um ato mecânico, mordi o meu lábio inferior.
Dean não hesitou quando meu desejo ficou claro. Rapidamente ele inverteu as nossas posições, ficando por cima. Começou com um beijo suave que logo se tornou urgente. E a cada toque meu desejo aumentava numa quantidade descontrolável. Minhas mãos retiraram sua camisa com facilidade. E sua pele na minha queimava. Mas era incrivelmente bom.
- Você tem... - Dean arfou, separando-se um pouco de meu corpo.
- Eu quero. - Mordisquei seu lábio, puxando-o para mim.
Ele sorriu travesso, sem questionar. Eu o queria da mesma forma que ele me desejava. Era só isso que importava.

Presente

Senti o peso da pistola em minha mão. Olhei-a por alguns minutos, controlando a respiração para não sair entrecortada.
Sem hesitar, a depositei na mão dele, fechando-a com a minha em volta da arma. Ainda com minha mão sobre a sua, direcionei o cano diretamente no meu coração, fechando os olhos para que as últimas lágrimas caíssem.
- Diga a Sam que eu disse adeus.
Eu sabia que estava chegando ao fim. Meu coração batia pesado, dolorido e quase aliviado. Respirava pela boca, acariciando o dorso das mãos de Dean.
Ele permanecia me olhando profundamente, mas não dizia mais nada. Seus olhos, que antes eram de um verde claro e límpido, pareciam mais escuros agora. Eu sabia que ele tinha tomado sua decisão. E eu não sentia raiva por ele não tentar lutar mais por mim. Eu só conseguia admira-lo ainda mais. Eu só conseguia ama-lo, ainda mais.
- Você não poderia ter sido mais perfeito que isso. - Encostei minha testa na sua, roçando a ponta do meu nariz ao seu. - Obrigada pelos três meses mais felizes de toda minha vida.
Do mesmo modo que fizera poucos minutos atrás, beijei seu maxilar antes de sussurrar em seu ouvido "eu sempre vou te amar".
E, assim que nossos lábios se encostaram pela última vez, a escuridão me abraçou, fria e impiedosa.
Antes que tudo virasse cinzas, eu ainda pude ouvir, ao longe, em algum ponto de minha cabeça, um "adeus, minha Jen".
E então eu soube que, de algum modo, aquele coração que já não batia mais pertenceria à ele. Para sempre.

Men's International Day

Escrito por Niyama e
Kiirai - Siga as autoras no Twitter¹ / Twitter²
Beta-Reader: Maa

[1] [2] [Futuro]

Capítulo I

14 de Julho

Um casal acabava de atravessar as portas principais daquele humilde restaurante. Ao fazerem isso, o barulho do sininho chamou a atenção de algumas pessoas, que instintivamente olharam para eles. Estes perceberam que uma pequena nuvem escura rodeava o jovem casal e que os dois não estavam com as melhores caras. Preferiram dar mais atenção à própria comida, ignorando novamente o mundo à sua volta. Ao mesmo tempo, o homem e a mulher procuravam uma mesa vazia e bem posicionada.
- Sente-se e não ouse falar comigo até eles chegarem. - Avisou a mulher ao chegarem à mesa.
- Não é como se eu quisesse falar com você. - Resmungou o loiro, sentando-se de frente à mulher.
O lugar tinha um ambiente confortável e aconchegante. Tinha várias mesas em tom mogno ao redor do recinto e mais algumas em volta do pequeno bar que ficava no centro do restaurante, cobertas com toalhas vermelhas com o slogan dourado do restaurante. O ambiente era iluminado por luzes amarelas, parecendo velas, e no centro do restaurante um pequeno lustre em cima do pequeno bar. O local não estava cheio e nem vazio, tendo o número normal de clientes que apareciam no horário da tarde. O casal estava sentado perto de uma grande janela, onde era possível ver os últimos pingos de chuva e observar o céu abrindo aos poucos, mostrando os primeiros raios de Sol da semana.
Depois de um tempo sentados observando o local, uma garçonete, que sustentava um sorriso gentil e ao mesmo tempo forçado, se aproximou da mesa. A morena, ao direcionar seu olhar à garçonete para fazer seu pedido, parou no meio do ato ao observar que a garçonete lançava olhares nada discretos ao seu marido. Típico.
- No que posso ajudá-los? - A garçonete perguntou, mais para o homem do que para a mulher.
- Sendo um pouco mais discreta, por favor. - A morena ficou tentada a responder, mas se contentou apenas a pensar.
- Faremos nossos pedidos depois. - Respondeu o homem distraidamente, rodando a aliança em seu dedo, sem olhar para a garçonete.
Acenando com a cabeça, a garçonete se foi e ao mesmo tempo o sininho da porta soou novamente. Novos clientes. Desta vez, apenas um homem entrava no local, chamando a atenção do casal que, ao ver quem era, sorriram automaticamente ao reconhecerem a pessoa que estava chamando eles. Também perceberam que o homem estava segurando a porta para uma garota passar, que até aquele momento era desconhecida.
- Heey, Sammy! Você demorou! - Gritou o homem que já estava sentado.
- Fique quieto, pare de gritar! - Murmurou o recém chegado virando os olhos, enquanto a garota que o acompanhava ria.
- Quem é, Sam? - Perguntou a morena, olhando para a garota desconhecida e dando lugar para ela sentar-se ao seu lado, enquanto Sam sentava-se ao lado do outro homem.
- Nubia, prazer. - Respondeu a nova garota sorrindo para a mulher ao seu lado.
- Prazer, Jennifer. Mas pode me chamar de Jen. - Jennifer sorriu para Nubia. Ela parecia simpática.
- Dean, irmão de Sam e a parte bonita da família. - Dean estendeu a mão para Nubia apertar enquanto ria do que falava.
- Cale a boca, Dean. - Sam revirou novamente os olhos. - Nubia, Dean e Jen são casados.
- Formam um belo casal. - Nubia sorriu para os dois que se mexeram desconfortavelmente. E esse ato não passou despercebido por Sam.
- Vocês são colegas de faculdade? - Perguntou Jennifer, alternando o olhar entre os dois, que sorriram sem graça.
- É quase iss--
- Não, somos namorados. - Disse o jovem interrompendo a garota.
- Namorados? Já estão nesse estágio? - Dean perguntou extremamente surpreso. - Você foi rápido hein, irmãozinho?
- Não seja idiota, Dean. - Disse Jennifer ao notar que a morena ao seu lado estava extremamente sem graça. - Não deixe a Nubia mais sem graça do que já está.
- Não ligue para ele, é só um desprovido de neurônios. - Sam reconfortou a namorada enquanto segurava a mão dela por cima da mesa.
Dean, percebendo que ele e a esposa estavam meio de fora, optou por registrar a cena em seu celular. Seria a primeira foto do casal e um momento um pouco íntimo. Ele percebeu que Jennifer fazia o mesmo, eles eram companheiros de fazer esse tipo de coisa desde sempre. Quando tiraram as fotos - os dois ao mesmo tempo - ficaram desapontados com a reação do Sam. Este apenas lançou um olhar bravo para os dois, que começaram a rir. Quando Jennifer e Dean perceberam que estava rindo juntos, pararam de rir e viraram o rosto, em um ato completamente infantil. Novamente, esse ato não passou despercebido por Sam, que delicadamente retirou sua mão de cima da de Nubia.
- Certo, o que aconteceu com vocês dois? -Sam perguntou com interesse.
- Nada. - Respondeu Dean enquanto chamava a garçonete com um sinal de mão.
- Você não me engana. Vocês brigaram de novo porque ela queria sair com as amigas? - Sam perguntou apoiando os cotovelos na mesa.
- Posso ajudá-los? - A mesma garçonete voltou, agora alternando os olhares entre Sam e Dean. O olhar não passou despercebido pelas duas morenas.
- Não ligue. Com o tempo você se acostuma... - Jennifer sussurrou para Nubia discretamente, ao perceber que a mesma estreitava os olhos. - Existe alguma bebida sem álcool de cor exótica? - Perguntou Jennifer, chamando a atenção da garçonete.
- Ah, nós temos a bebida Blue Ice. Nosso bar é familiarizado com todas as faixas etárias que passam por aqui, por isso temos com álcool e sem álcool. - A garçonete respondeu a mulher educadamente, relutando em tirar o olhar dos dois homens.
- Então nós queremos essa bebida. Apenas para mim sem álcool. Você já pode ir. - Jennifer sorriu fofamente, para a grande irritação da mulher, ato que fez com que Nubia risse.
- Tudo bem? - Sam perguntou divertido, vendo a namorada se recuperando da crise de riso. Ela apenas acenou a cabeça, ainda sorrindo. Sam estava feliz em ver que Nubia estava começando a se familiarizar com os presentes no local.
Depois que a bebida chegou, eles esqueceram temporariamente o assunto principal e começaram a falar sobre qualquer coisa que deixasse o ambiente o mais confortável o possível. Depois de duas rodadas e alguns petiscos, os assuntos foram acabando e as piadas começaram a ficar extremamente sem graça. Conseqüentemente, o tópico principal submergiu das profundezas.
- Podemos agora falar sobre os dois? – Perguntou Sam, deixando de lado seu copo agora vazio. – Dean e Jennifer, sei que vocês dois discutem por quase tudo. Mas ainda sim, vocês estão praticamente se ignorando desde a hora que chegaram!
Dean e Jen não se pronunciaram. Apenas se aconchegaram mais nas cadeiras e ficaram olhando para algum lugar que parecia extremamente importante para eles - como o copo quase vazio e o slogan na toalha. Comportamento completamente infantil e vergonhoso, aos olhos de Sam.
- Sei que isso não tem nada a ver comigo. – Sam continua, vendo que nenhum dos dois iriam se pronunciar. – Mas como sei que o motivo não deve ser nenhum muito importante eu quero que saibam que estou aqui para ouvi-los. – Sam desviou sua atenção rapidamente para a namorada, que no momento mexia no copo quase cheio como se fosse mais importante que as coisas ao seu redor. Vendo que Nubia não estava tentando se intrometer nos assuntos familiares, ele apenas sorriu segurando novamente sua mão que agora estava repousada sobre a mesa. – Agora também é sua família. – Sussurrou para a morena beijando seus dedos e em seguida os entrelaçando por cima da mesa.
Dean e Jennifer só conseguiram revirar os olhos e fingir uma cara de nojo, perante aquilo. Ah, o começo do namoro. Tão típico e tão meloso. Eles mal esperam pelas coisas complicadas que virão pela frente. Isso se chegarem até lá. Seguindo essa linha de pensamento, Jennifer sentiu vontade de se estapear por jogar energias negativas sobre os dois. De qualquer forma, balançou levemente a cabeça e fixou o olhar no copo à sua frente, como se fosse mais interessante que a conversa. Não queria falar sobre o assunto, de uma maneira ou de outra voltaria a conversar com o Dean normalmente e tudo voltaria ao normal, mas se tratando de Sam, o assunto era diferente. Na opinião de Jennifer, não tinha pessoa mais insistente do que Sam.
- Nubia, vem no banheiro comigo. Agora. - Jennifer disparou, quebrando o silêncio e assustando a nova amiga. Puxou seu braço sem esperar resposta e foi praticamente correndo para o banheiro, arrastando Nubia. Dean também se assustou, e junto com Sam, olhavam para a porta do banheiro feminino.
- Bom, então vamos fingir ser adolescentes, discutir sobre os garotos do restaurante e tentar flertar com alguns agora que estamos sozinhos. O que acha? – Dean comentou divertido enquanto retirava seu olhar da porta onde as duas mulheres haviam acabado de entrar.
- Dean, não seja ridíc-- -
- O que acha de trocarmos essa bebida feminina por bebida de macho e conversarmos? – Dean cortou o irmão enquanto gesticulava chamando a garçonete, que não tardou a chegar a sua mesa, anotando o pedido. – Duas cervejas, por favor.

Capítulo II

Jennifer esperava Nubia sair do banheiro enquanto retocava a pouca maquiagem e arrumava os cabelos, que na verdade não estavam bagunçados, só para se distrair um pouco. Viu pelo espelho quando Nubia saiu do banheiro. Virou-se de frente para a amiga e se apoiou na pia, enquanto Nubia lavava as mãos.
- Desculpe ir ao banheiro enquanto você quer falar. - Nubia se desculpou enquanto secava as mãos. - Estava realmente apertada e com vergonha de vim sozinha.
- Tudo bem, mas você deveria ter me chamado. - Jennifer sorriu enquanto via a amiga se apoiar na pia também. - Vamos aproveitar que o banheiro está vazio e vamos conversar, por que agora você é a única que pode me escutar.
Jennifer apenas viu Nubia acenando com a cabeça e olhar para a amiga esperando o começo da conversa.
- Não sei se Sam já te contou, porque não sei há quanto tempo estão juntos. – A morena viu a mais nova acenar, sorrindo sem-graça. Apostou consigo mesma que os dois estavam juntos há dois meses, quatro no máximo. – Eu e Dean somos casados há dois anos e meio. E como você ouviu do Sam, nós meio que discutimos muito. Muito mesmo. E geralmente é por coisa boba. Mas, somos orgulhosos demais para simplesmente nos desculparmos. Por isso chegamos até a ficar duas semanas sem nos falar, até que esquecemos o assunto e arranjamos outro motivo para brigar.
- Nenhum dos dois admite estar errado... – Nubia disse mudando o peso de sua perna esquerda para a direita.
- Exatamente! E ontem não foi diferente. – A outra respondeu choramingando. Odiava dar o braço a torcer, mas também odiava brigar com o marido.
- E o motivo de ontem foi...? – A mais nova incentivou a outra a lhe contar.
- Não sei se você sabe, mas amanhã será o Dia Internacional do Homem. – Respondeu a pergunta, voltando a olhar para o espelho, se lembrando do dia anterior. – E Dean queria que eu fizesse algo especial para ele.

No dia anterior...

- Dean? - Jennifer gritou da cozinha ao escutar a porta da frente sendo aberta. Ao escutar um suspiro vindo da sala, sorriu. - Chegou cedo.
- Pois é, hoje não tinha muita coisa para ser feita. - Se aproximou de Jennifer e a cumprimentou com um leve tocar de lábios. - A janta ‘tá pronta?
- Tenho certeza que você já deve ter parado em alguma lanchonete, mas de qualquer forma, está em cima do fogão. Eu estou indo também.
Os dois se serviram e sentaram na pequena mesa de jantar. Aqueles momentos de paz onde os dois conversavam e brincavam durando uma refeição estava se tornando raros por causa do trabalho do Dean. Por isso eles tinham que aproveitar isso muito bem. Depois de estarem satisfeitos, sentaram no sofá - Jennifer deitou no colo de Dean - e começaram a assistir a um programa, até que ela levanta de supetão e fica olhando para o marido.
- Preciso te falar uma coisa! - Tom. Tempo. Empolgação. Exatamente ao mesmo tempo os dois falaram. Depois de ficarem se encarando por algum tempo, sentiram vontade de rir. Mas essa vontade foi reprimida antes mesmo de sair.
- Tudo bem, Dean, pode falar.
- Certeza? Você está muito empolgada para falar depois.
- Tudo bem, fala logo.
- Vou ser direto, então. - Dean se arrumou no sofá e ficou de frente para a esposa. - Não sei se você sabe, mas depois de amanhã será o Dia do Homem.
- Tá, e daí? - Jennifer ficou séria de repente. Sentia que boa coisa não vinha dali.
- E daí que eu quero que você faça algo especial para mim. - Dean completou, sorrindo maroto.
- Espera um pouco, Dean. Porque eu deveria fazer algo especial para você? - A mulher perguntou estreitando os olhos. Tudo bem que era exatamente sobre esse assunto em peculiar que ela iria conversar com o marido, mas... Ele não deveria praticamente exigir algo especial!
- Peraí, Jen! Acho que você entendeu errado. - Dean percebeu a burrada que fez. Ele deveria ter usado outras palavras. Agora que estava tudo indo pacificamente, iriam brigar outra vez. E de bônus, escutaria uma enxurrada de fatos até esquecidos.
- Peraí nada, Dean! O que diabos você fez para mim no Dia da Mulher? Você por acaso de lembrou disso? - Jennifer tinha se levantado, e estava visivelmente alterada. - Caramba! Você só ficou sabendo por causa dos comerciais da televisão!
- Mas é claro! Ninguém fica falando na rua que é Dia da Mulher! - O homem se defendeu, ficando em pé.
- Mas é claro que não! Porque toda santa pessoa com um mínimo de inteligência já sabe que é o Dia da Mulher pelo fato de ser feriado e ninguém, inclusive você, ir trabalhar. - Massageou as têmporas. Ela estava cansada e irritada. E pensar que estava com o humor radiante até meia hora atrás. - Você achou que eles simplesmente te deram folga por ser um bom trabalhador? Faz-me rir, Dean!
- Mas Jennifer, já passou! Amor, vamos conversar civilizadamente como adultos...
- Eu não pareço adulta? Dean Winchester, por acaso eu tenho cara de criança? - Jennifer não esperou o marido responder e apenas deu as costas começando a subir as escadas em direção ao quarto. - Na minha cama você não dorme hoje. E amanhã temos um almoço com o Sam. Não perca o horário.
O homem não teve tempo de retrucar, vendo que no mesmo instante a mulher apenas entrou no quarto batendo a porta e, pelo barulho, trancando-a. Bufou irritado, ele havia apenas comentado! Não queria um presente nem nada do tipo, apenas iria pedir para que ela faltasse ao trabalho para que pudesse passar o dia juntos.
Levantou-se desligando a televisão e caminhou em direção às escadas, para o quarto de hóspedes. Deitou na cama - nem um pouco macia - e se pôs a pensar no quão bipolar a mulher se encontrava nos últimos dias. Aquilo era um saco.

Hoje

Após terminar de falar, Jennifer pôde ver as lágrimas, que antes prendia nos olhos, agora descerem livremente por sua bochecha. Lavou o rosto e passou apenas o lápis nos olhos. Não estava com vontade de ter muito trabalho. Sabia que estava chorando muito ultimamente, por isso a maquiagem iria se acabar até a próxima semana; não iria desperdiçar sua sombra preferida.
Levantou o rosto agora apresentável e olhou para Nubia, que a encarava carinhosamente. Admirou-se com a garota, ela não veio com pedras e não a interrompeu nem um minuto. Esperava fervorosamente que ela ficasse muito tempo com Sam. E se isso não acontecesse, iria fazer questão de continuar amiga da mesma. Fez uma careta, estava de novo pensando no fim do namoro do cunhado. Estava se sentindo horrível e com vontade de chorar novamente.
- O que você queria contar para ele? – Nubia perguntou delicadamente, vendo que Jennifer parecia querer chorar novamente.
Pôde ver que a morena lhe lançou um sorriso tímido, para em seguida lhe contar o que era. Nicole sorriu para a nova amiga e lhe abraçou, convencendo-a de que pedir um simples perdão para o marido não seria o fim do mundo – além de que ela também precisa contar-lhe o que omitiu na noite anterior.
Saíram do banheiro, assim que mais três mulheres adentravam, com um sorriso no rosto. Nubia e Jennifer sorriram e balançaram a cabeça. Mulher que é mulher sempre vai fofocar no banheiro.
Caminharam normalmente até a mesa onde estavam os homens, e qual não foi à surpresa dela ao verem que Dean estava levemente alterado com uma garrafa de cerveja nas mãos, e Sam rindo - rindo! - das besteiras que o irmão falava, acompanhados de algumas garrafas vazias na mesa. Jennifer abaixou a cabeça e levou as mãos as têmporas, indignada pelo estado do marido, enquanto Nubia apenas sorria para os dois chamando a atenção deles. Jennifer e Nubia trocaram breves olhares que transmitiram segurança para a mais velha, segurança essa que fez com que Jennifer se sentisse feliz e com raiva. Feliz, pelo fato de ter encontrado uma ótima amiga para todas as horas, e com raiva, porque pensou duas vezes no fim do namoro dela com o Sam. Três com essa. Suspirou pesado notando o qual bipolar estava nesses dias.
- Jen... - Dean chamou enquanto empurrava Sam do banco para poder se levantar. - Me descul--
- Quieto. Agora é a minha vez de falar. - Jennifer cortou com um tom sério, para logo depois sorrir e pegar as mãos de Dean e o arrastando para fora. - Venha aqui!
Jennifer estava decidida em dizer o que queria. Apesar de ter certeza que repetiria no dia seguinte, pois a ficha do Dean ainda não teria caído. Mas desta vez estava tudo bem, ela iria pensar na situação do Dean antes de começar alguma discussão besta.
Enquanto eles iam saindo, Sam dava lugar para Nubia sentar-se ao seu lado. O Winchester estava completamente confuso, e ficou mais ainda ao ver que Nubia estava sorrindo feito boba, parecia estar no mundo da Lua. Mesmo não entendendo muito a situação, parecia que alguma coisa boa iria acontecer em instantes. Sam se aproximou de Nubia e a pegou desprevenida ao ‘acordá-la’ com um leve roçar de lábios. Percebeu que ela levou um pequeno susto, para logo após uma cor levemente rosada aparecer em suas maçãs do rosto.
- Então, pequena, o que aconteceu para você ficar tão feliz? - Sam perguntou sorrindo do embaraço da namorada. Ela realmente não estava acostumada com exposição de afeto em público.
- Nada... - Nubia respondeu olhando para as janelas, onde dava para ver o casal conversando em uma das mesinhas em frente o restaurante. - Na verdade tem algo sim, mas eu não posso falar.
- Porque não? É uma coisa tão sigilosa entre você e a Jen?
- Sabe Sam, deve realmente ser um momento feliz quando você cria uma família. - O olhar de Nubia fixou no slogan na toalha. - Sabe, marido e filhos...
- Ahh, então é isso! - A ficha do que as garotas tinham conversado no banheiro tinha caído para Sam. Mostrando um sorriso que deixa suas covinhas aparentes, Sam beijou suavemente a testa de Nubia. - Se depender de mim, você será a futura Dona Winchester. Além da Jen, claro.
Os dois riram suavemente, enquanto Sam olhava de relance o casal lá fora. Dean estava estático e Jennifer passava a mão em frente ao rosto dele, sem reação. Até que o homem levanta e entra no restaurante, deixando a companheira para trás. Seu rosto demonstrava choque com felicidade, não sabendo realmente o que fazer.
- SAMMY! - Dean gritou, enquanto andava em direção ao casal, de braços abertos. - VOU SER PAPAI! – Disse pausadamente cada palavra, como se quisesse fixá-las na cabeça de uma criança de dois anos.
- Isso, Dean! Fale mais alto porque as pessoas do outro lado do país não conseguiram ouvir!
E para a surpresa de Jennifer, Dean realmente gritou, arrancando aplausos das pessoas que freqüentavam o restaurante. Sam olhou para Nubia, se perguntando se isso era realmente verdade, tendo como resposta um grande sorriso emocionado. Logo foi puxado por Dean para um abraço, e depois foi cumprimentar Jennifer, que só olhava. Nubia também foi puxada por Dean, que não se continha de emoção, rodopiando a jovem em seus braços, que apenas ria.
- Cara, eu vou ser papai! – Dean disse pela milésima vez após se acalmar um pouco de seu surto.
- Nós já sabemos, Dean. Nós e a América inteira! – Sam disse, olhando divertido para o irmão, que agora estava a sua frente com a esposa ao lado e as mãos entrelaçadas por cima da mesa.
- Jen, eu sei que você disse que ninguém comemora o dia dos Homens... – Dean começou, encarando a esposa com um sorriso nos lábios. – Mas esse definitivamente tem que ser comemorado! O que acha de irmos na CNN pedir para eles colocarem no jornal de amanhã?
- Menos, Dean. Bem menos. – Jennifer respondeu o marido com um doce sorriso nos lábios. – Fico feliz que tenha gostado.
- Gostado? Eu amei! É a melhor que coisa que me aconteceu, depois de ter te conhecido! – Dean segurou as duas mãos da esposa, olhando em seus olhos como se pudesse ultrapassar a alma da mulher. – Você me faz o homem mais feliz do universo desde que eu a conheci, e agora irá me dar um filho. É possível eu te amar mais?
- Eu também te amo muito, Dean. – Finalizou Jennifer dando um selinho no marido. – E você – outro – também me faz – outro – a mulher mais feliz do universo. – E outro selinho. – Embora briguemos muito. – A morena finalizou, puxando delicadamente o rosto do marido, o beijando de verdade.
Por estarem ocupados, Dean e Jennifer, não repararam que o outro casal deixado de fora assistia a cena um tanto constrangidos. Nubia olhava para o bar tentando escolher qual a cor mais exótica de bebida ali – Além de tentar esconder o rubor que existia em suas bochechas. Já Sam não agüentava mais ver uma cena daquelas em pleno lugar público. O moreno então tossiu discretamente para que os dois se separassem. O que realmente funcionou.
Jennifer olhou constrangida para o moreno, lembrando-se de onde estava e tentou puxar conversa com Nubia, que se encontrava tentando voltar à cor normal.
- Vocês podem continuar em casa... – Sam sugeriu após ver o olhar raivoso do irmão sobre si.
- Você está se mordendo de inveja porque não é você que será pai. – Dean disse levantando uma de suas sobrancelhas e olhando cheio de si para o irmão. – Nubia, me faça um favor – Pediu para a garota, que voltou sua atenção para ele. – Fique no mínimo dez anos sem dar um filho para ele.
Sam olha sugestivamente para o irmão ao ver que o mesmo havia deixado Nubia um pouco sem graça. Dean apenas dá de ombros terminando seu último gole de cerveja.
- O papo está muito bom, mas eu e Nubia temos coisas a fazer. – Jennifer diz se levantando e pegando sua bolsa.
- Coisas? – Nubia pergunta confusa sendo puxada pela mais velha.
- Sim! – Responde com os olhos brilhando. – Nós duas iremos agora comprar as primeiras roupinhas do bebê!
- Ei! Não deveria ser o pai acompanhando a futura mamãe? – Perguntou Dean, ofendido.
- Você não iria escolher nada, Dean. E além do mais eu preciso conhecer a nova integrante da família! – Jennifer disse olhando para a amiga, que apenas sorriu e foi puxada por Sam para um selinho.
- Divirtam-se. – Disse o moreno, tentando puxar a namorada para um último contato, sendo impedido por Jennifer, que a puxou.
- Já se despediu, agora vamos, Nubia. – Falou Jennifer segurando o braço da amiga e a escoltando até a porta, enquanto a mesma acenava para os dois homens a mesa.
Antes das duas se distanciarem mais, Dean e Sam conseguiram ouvir uma das perguntas que Jennifer fazia à Nubia. ‘Já que seremos melhores amigas, eu preciso saber. Qual sua cor e marca de roupa favorita? Além de como conquistou Sam... ’
- Sozinhos novamente, Sammy. – Dean iniciou um diálogo e em seguida levantou a mão direita chamando a atenção da garçonete, que se dirigiu a mesa com um sorriso maior que os anteriores. – Duas cervejas, de novo.
- Se você entrar em coma alcoólico, eu não irei te socorrer. – Disse Sam olhando para a janela vendo duas silhuetas femininas bem conhecidas se distanciarem. – Então, sobre o que mais elas estariam conversando?
- Querido irmão, os assuntos irão variar de bebês até política. Afinal, são mulheres.

Fim


Capítulo 1

One-shot

“PERDENDO A CABEÇA”
Cap. Unico



Ouvem-se os passos de Dean correndo no corredor num escritório desesperado atrás de Sam.
DEAN - SAM, SAM!
SAM?!
Ah droga SAMMY... Não...
Dean encontra o corpo do irmão caído entre a porta de uma sala e com a cabeça decapitada.

[7 horas antes]
Sam e Dean estão em NOVA YORK, Sam esta comendo um cachorro-quente e Dean procurando artigos suspeitos no jornal.

DEAN- Sam, SAM! Olha isso!
SAM- me deixe adivinhar, Garfield ainda odeia segundas-feiras.
DEAN- NÃO. LEIA ISSO!

“ASSASINATO NO MUSEU DE HISTORIA NATURAL”
CORPO SEM CABEÇA É ENCONTRADO




DEAN- ontem à noite, um cara teve a cabeça decepada num museu de história natural.
SAM- E?
DEAN- o que você quer dizer com “e?” isso é estranho né? Nosso tipo de coisa.
SAM- Talvez...
DEAN- Vamos lá, vamos dar uma olhada. Vai ser divertido.

AGORA


DEAN- Ah droga, SAMMY... Não
SAM- DEAN? A cabeça começa a falar
DEAN- Não!
SAM- Eu não consigo sentir nada.
DEAN- GAH!
S... SAM?!
SAM- Quem mais poderia ser?
O que aconteceu?
DEAN- Bem... Hum... Você... Bem veja você mesmo.
SAM- Oh. Droga. Sam vê o corpo longe de sua cabeça.
DEAN- Era pra você estar morto. Como você não esta morto?
SAM- eu não sei. A última coisa que lembro é caminhando nesta sala. Ouvi passos atrás de mim eu me virei e eu a vi
DEAN- Viu o que?
SAM- O Machado.

[6 horas antes]

DEAN- O nome da vitima era Tom Stone ele era um Arqueologo aqui, Trabalhou com outro cara Wellington. Provavelmente devemos começar interrogando ele.
SAM- isso é estúpido.
DEAN- Fala serio estivemos em piores na semana passada.
SAM- Não estou falando do caso estou falando do disfarce.
DEAN- Relaxa Sammy, Vai dar tudo certo.


ASSISTENTE- Vocês dois não são um pouquinho jovens pra serem agentes do FBI?
DEAN- Eu agradeço o elogio mais eu tenho 32. Tenho 10 anos de serviço.
ASSISTENTE- Quantos anos ele tem?
DEAN- 28. Ele é meu estagiário. E você é o doutor Wellington?
ASSISTENTE- com certeza não. O doutor David Wellington é um arqueólogo de renome mundial, eu sou assistente graduado, Carl Mcpherson
DEAN- você é um arqueologista também?
ASSISTENTE- sim
DEAN- Então... Cadê seu chicote?
ASSISTENTE- Os verdadeiros arqueologistas não usam chicotes
Nós não usamos chapéus e nem deixamos crianças asiáticas nos conduzir pelas ruas de Xangai. Nós pesquisamos e traduzimos o que fazemos é escavar um local, e ele é feito com planejamento e precisão não com uma arma e uma caveira de cristal alienígena. Então, o Indiana Jones pode dizer adeus. Diz o assistente irritado com DEAN.
Maria Rios outra assistente cumprimenta Dean.
MOÇA- Nos Entendemos, Carl.
-Eu sou Maria Rios eu trabalho para o Doutor Wellington também.

DEAN- Ele ainda volta?
Moça- O doutor não tem aparecido aqui faz dois dias.
DEAN- que é Incomum?
Moça- não mesmo. O Dr. Wellington é do tipo excêntrico. Ele trabalha principalmente em casa.
SAM- quando foi a ultima vez que você o viu?
Moça- Sexta à noite. Estávamos trabalhando até tarde preparando a exposição.
Assistente- já dissemos tudo isso para a polícia.
Sam- É e agora estão falando com agente. Que exposição?
MOÇA- O Dr. Wellington e o Dr. Stone foram escavar locais aos arredores de Tarrytown, no interior. Artefatos de guerras principalmente.
Sam- principalmente?
MOÇA- Nós encontramos uma peça é uma coisa estranha do Egito, com datas da primeira dinastia ou talvez mais antiga.
(A moça mostra-lhes um antigo machado de puro ferro)
DEAN- O que isso faz em NOVA YORK?
MOÇA- Isso é o que estamos tentando descobrir.

[AGORA]

DEAN- O MACHADO? Você tem certeza?
SAM- Dean ele cortou minha cabeça fora. Isso é o tipo de coisa que você deviria se lembrar.
DEAN- Beleza. Então isso significa que... (Dean coloca as mãos sobre a cabeça)
SAM-... Isso significa que seja quem for ainda esta no museu e temos de encontrá-lo.
DEAN- Nós?
SAM- você não vai simplesmente me deixar aqui. Me leve.
DEAN- Ta. Uhn... Claro...
(Dean se abaixa para pegar a cabeça de Sam.)
SAM- Hei, Lave as mãos.
DEAN- desculpe. -SAMMY, só pra você saber eu to pirando um pouco aqui.
SAM- Bem vindo ao clube.

[4 horas antes]

SAM- Eu tô fora.
Nós já passamos por este lugar por três vezes, não há EMF, sem enxofre, sem nada.
É melhor encararmos, Dean, porque isso é estranho, não é nosso tipo de caso.
vamos lá, vamos sair daqui.
DEAN- Não.
Você quer ir, tudo bem. Mas eu vou ficar.
talvez isso não tenha nada a ver, mas devemos, pelo menos, passar a noite aqui ver se alguém aparece menos sem uma cabeça
nós somos caçadores, Sam. Então vamos fazer o nosso maldito trabalho e caçar.
SAM- Ta e por onde nós começamos?
Dean- Eu acho que devemos nos separar tentar descobrir isso o mais rápido possível, temos que ficar de olhos abertos nessa coisa.
SAM- nos dividir? Você acha isso vai dar certo?
DEAN- Vamos lá, qual é a pior coisa que pode acontecer.

AGORA

Dean e Sam estão no deposito de antiguidades do museu.
DEAN- O machado sumiu, tudo bem?
SAM- Eu to vendo uma coisa aqui em baixo. É uma pena Frisada.
DEAN- Então?
SAM- então que eu sei da onde veio.
Numa outra sala do museu.
DEAN- Tem varias delas e agora?
SAM- Descemos.
DEAN- Você descobriu algum tipo de esconderijo onde a aberração está escondendo os crânios.
SAM- tudo isso é que ele não deixou o museu. E eles nunca encontraram a cabeça do Dr. Stone
muito bonito. Esses túneis de serviço cruzam todo o edifício que nós... (Dean escorrega um dos pés da escada e a cabeça de Sam cai de umas das mãos de Dean...)
SAM- DEAN! (Grita.)
- Boa pegada
DEAN- Valeu! Graças os reflexos ágil de Dean ele consegue segura-lo pelo cabelo.
SAM- ta vendo alguma coisa?
DEAN- Não...
De repente os garotos ouvem um pedido de ajuda vindo de uma despensa - SOCORRO!-Aqui Dentro.
Dean e Sam entram na sala e se deparam com uma cabeça falante em cima de um armário era o Dr. David Wellington.
Dr.Wellington - Já não era sem tempo! Diz.
Dean e Sam- GAH!
DEAN- Você é o...
Dr. Wellington - Sou o Dr.Wellington. E acabo de perceber que vocês dois tiveram um encontro com o nosso amigo machado
SAM- e o que ele é?
Outra cabeça aparece em cima de uma lata de tinta falando.
-Não quem, o que?
Dean e Sam outra vez – GAH! (Assustam-se.)
Dr.Wellington- o Machado é a chave.
DEAN - O machado é a chave. O egípcio?
DR. Wellington Você o viu?
Dean- Unh... Claro.
DR. WELLINGTON - Bom. Tenho certeza que você percebeu que a lâmina é marcada com hieróglifos, é uma oração para Osíris,
- Dr. Stone, eu tínhamos suposto uma teoria, Sim.
SAM- Vocês sabem o que essa coisa é?
Dr. Stone- Temos tido um pouco mais de que interesse pessoal, em todo caso... Osíris era o deus da colheita e ressurreição.
Textos do Antigo Egito descrevem um ritual onde o sumo sacerdote de Osíris teria decepado a cabeça, em seguida, levantou-se morto. Historiadores pensaram que isso era um exagero. Aparentemente, eles estavam errados.

Dr. Wellington- Há histórias semelhantes espalhadas pelo mundo a fora.
Gawain cortou a cabeça do cavaleiro verde...
só para se divertir e depois re-conectou a cabeça outra vez.
E depois, claro, há os contos do cavaleiro sem cabeça que em torno de Tarrytown e tumultos durante a guerra revolucionária.
SAM- O que explica como o machado foi parar em Nova York?
Dr. Stone- Esse é o nosso melhor palpite.
fontes egípcias escreveram sobre um homem que detém os eixos como sendo possuído pelo espírito dos deuses um estado de prazer orgástico mantido pelo sacrifício.

DEAN- Então, na Inglaterra, o machado é um objeto amaldiçoado... E quem está segurando ele recebe um golpe sobrenatural e toda vez que ele corta fora a cabeça de alguém?
Dr. Wellington - Mais ou menos.
Se conseguir o aze das costas, pode ser usada para re-unir nossas cabeças.
Dr.Stone- Teoricamente. Os textos originais não são completamente claros.
DEAN- agora "teoricamente" é o melhor que temos. Então, onde é que esse filho da puta vai parecer?

No saguão do Museu esta a assistente do Dr. Wellington ao telefone...
- Eu sinto muito querido. Essa é a ultima vez que eu trabalho até tarde, eu Prometo.
(baque)
O que... Quem está ai? De repente o assistente Carl aparece segurando o machado...
-C- Carl?
DEAN- Eu sabia!
Qualquer um que odeia Indiana Jones - tem que ser mal.
Eu me lembro de você! Você riu de mim!
(KRACK!)
Acertando com o cabo do machado no rosto de Dean que cai no chão.

Assistente Carl- Todos riram de mim! E por que não? Por tanto tempo, eu pensei que tinha o poder do conhecimento. Mas isso! Este que é poder.
Dean rapidamente se levanta e parte pra cima do cara do machado...
DEAN- Te peguei, Desgraçado!
SAM da uma mordida no Braço do assistente...
Assistente Carl- AAAGH! Hn! Eo derruba no chão
DEAN- Sem tempo para o amor, doutor Jones
SAM- Dean, não só... Não

[Depois Do Ocorrido]

DEAN- e ai sentindo-se bem?
SAM- O pescoço ainda esta um pouco duro.
A caminho para casa vamos parar no necrotério e usar o machado para voltar a ligar a cabeça Dr. Stone.
Dr.Stone - Obrigado. Dentro da bolsa de Sam
DEAN- Então nós estamos indo até o East River.
Dr. Wellington - Eu tenho que dizer a vocês garotos parece que vocês são “expert” em tudo isso, vocês devem ser extremamente bem organizados.
SAM- Eh. Algo parecido.
Assistente Maria Rios- Bem, pelo menos agora acabou.
DEAN- Moça, este é o nosso trabalho nunca acaba.

Então Dean e Sam entram no Impala e vão para uma nova caçada.